O “Big Brother Brasil 16” mal começou e já coleciona uma extensa lista de polêmicas. Contando com participantes de perfis mais maduros e de culturas diferentes,
a nova temporada do reality show mais famoso do país já promoveu
discussões sobre racismo, machismo e até mesmo pedofilia, entre outros
temas. Foram 48 horas de debates dentro e fora do confinamento.
A primeira polêmica, amplamente
noticiada pela mídia pouco antes da estreia, se deu por causa de um
“boneco-esponja”, cujo cabelo black-power seria usado para tirar os
resíduos de comida da louça. Ativistas sociais ficaram indignados e
emitiram notas de repúdio contra a TV Globo.
Com o jogo em andamento, o
estudante de filosofia Ronan acabou colocando mais lenha na fogueira logo após encontrar o objeto na pia da cozinha. “Por que tem que ser negro? Isso aqui não vai ser usado para lavar nada”,
disse, em tom de desabafo. O boneco, agora apelidado de “Will”, é usado
como peça de decoração e microfone fictício pelos participantes.
No dia seguinte, na cozinha, os brothers conversavam enquanto lavavam a louça. O assunto? Direitos de homens e mulheres. Ana Paula polemizou: “Eu
era muito feminista. Mas acho que o mundo tem que ser machista. Acho
que a mulher pode levar o café da manhã na cama, e o homem fazer seu
papel de provedor. A mulher está muito para frente e os homens estão
ficando cada vez mais bobos. Não estou atrás de direitos iguais. De
jeito nenhum”. Nem é preciso falar da repercussão da fala dela nas
redes sociais, não é?! Ganhou milhares de votos importantes se for
indicada em um eventual paredão…
Em outro momento do mesmo dia, o designer de tatuagem Laércio
“Barba Azul” também irritou os internautas. Durante uma conversa com a
mesma Ana Paula, o brother de 53 anos disse que gostava de se relacionar
com meninas jovens: “Eu gosto de uma novinha. O problema é que para mim só aparecem novinhas mesmo, tipo 17, 18, 20 anos”.
Antes de entrar no BBB 16, ele já tinha sofrido uma grave acusação:
alguns sites de notícias reproduziram a declaração de uma usuária do
Facebook, que acusou o curitibano de ter cometido um suposto abuso
contra uma menina de 15 anos. Será? Verdade ou mentira, ele também está
sendo bombardeado nas redes sociais.
Se já aconteceu isso tudo antes do fim
da primeira semana de confinamento, é sinal de que a temporada promete.
Em se tratando de “BBB”, aliás, tudo pode acontecer. Desde 2002, ano de
estreia do formato no Brasil, o programa vem discutindo temas polêmicos,
como bulimia (“BBB 1″), homofobia (“BBBs 5 e 10″), transfobia (“BBB
11″), poligamia (“BBB 7″), etarismo (“BBB 9″), gordofobia (“BBBs 7, 10 e
11″), estupro (“BBB 12″), HIV (“BBBs 10 e 15″), entre outros.
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