22 de fevereiro de 2016

Novo filme sobre Anne Frank é destaque em Berlim

A adolescente Anne Frank se tornou uma das figuras mais conhecidas da Segunda Guerra Mundial, embora ela tenha sido uma cidadã judia comum. Em seu diário, porém, ela registrou como era o dia a dia de sua família e amigos, que precisavam se esconder simplesmente por causa de sua religião. O primeiro filme alemão sobre Anne, seus escritos e a perseguição nazista aos judeus foi apresentado em Berlim, no momento em que a Europa recebe o maior fluxo de refugiados desde o conflito de mais de 70 anos atrás.
Anne Frank tinha 15 anos quando morreu de tifo em um campo de concentração nazista (Reprodução).
Anne Frank tinha 15 anos quando morreu de tifo em um campo de concentração nazista (Reprodução).
Produzido inteiramente na Alemanha com equipe e atores locais, o novo “O Diário de Anne Frank” foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Berlim com uma mensagem atual. “Se o nosso filme sobre o destino de uma família judia perseguida e aniquilada pode contribuir para uma atitude mais positiva em relação aos refugiados, então todos nós podemos nos orgulhar”, declarou o roteirista Fred Breinersdorfer.
A casa onde a família Frank se escondeu virou um museu em Amsterdã, Holanda (Reprodução).
A casa onde a família Frank se escondeu virou um museu em Amsterdã, Holanda (Reprodução).
A família Frank era originalmente da Alemanha, mas teve que fugir para Amsterdã, Holanda, após a chegada ao poder dos nazistas. Quando o exército alemão invadiu o país vizinho, Anne, o pai Otto, a mãe Edith e a irmã Margot se esconderam no sótão de uma casa – o “anexo secreto – para que não fossem denunciados às autoridades. Os Frank, juntamente com outras pessoas que se escondiam no mesmo local, foram traídos quase no fim da guerra, e levados para campos de concentração. Apenas Otto sobreviveu.
Otto Frank mostra a estante que escondia o acesso ao anexo secreto (CBS/Getty Images).
Otto Frank mostra a estante que escondia o acesso ao anexo secreto (CBS/Getty Images).
Quando voltou à casa onde moraram por mais de dois anos, o pai de Anne achou o diário da filha. A primeira edição do livro foi lançada na Holanda em 1947 e anos depois ganhou o mundo. A adaptação ao cinema veio em 1959, em um sucesso vencedor de três prêmios Oscar. O mais recente filme até agora, também norte-americano, é de 2009.

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