A
adolescente Anne Frank se tornou uma das figuras mais conhecidas da
Segunda Guerra Mundial, embora ela tenha sido uma cidadã judia comum. Em
seu diário, porém, ela registrou como era o dia a dia de sua família e
amigos, que precisavam se esconder simplesmente por causa de sua
religião. O primeiro filme alemão sobre Anne, seus escritos e a
perseguição nazista aos judeus foi apresentado em Berlim, no momento em
que a Europa recebe o maior fluxo de refugiados desde o conflito de mais
de 70 anos atrás.
Anne Frank tinha 15 anos quando morreu de tifo em um campo de concentração nazista (Reprodução).
Produzido
inteiramente na Alemanha com equipe e atores locais, o novo “O Diário
de Anne Frank” foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Berlim
com uma mensagem atual. “Se o nosso filme sobre o destino de uma
família judia perseguida e aniquilada pode contribuir para uma atitude
mais positiva em relação aos refugiados, então todos nós podemos nos
orgulhar”, declarou o roteirista Fred Breinersdorfer.
A casa onde a família Frank se escondeu virou um museu em Amsterdã, Holanda (Reprodução).
A
família Frank era originalmente da Alemanha, mas teve que fugir para
Amsterdã, Holanda, após a chegada ao poder dos nazistas. Quando o
exército alemão invadiu o país vizinho, Anne, o pai Otto, a mãe Edith e a
irmã Margot se esconderam no sótão de uma casa – o “anexo secreto –
para que não fossem denunciados às autoridades. Os Frank, juntamente com
outras pessoas que se escondiam no mesmo local, foram traídos quase no
fim da guerra, e levados para campos de concentração. Apenas Otto
sobreviveu.
Otto Frank mostra a estante que escondia o acesso ao anexo secreto (CBS/Getty Images).
Quando
voltou à casa onde moraram por mais de dois anos, o pai de Anne achou o
diário da filha. A primeira edição do livro foi lançada na Holanda em
1947 e anos depois ganhou o mundo. A adaptação ao cinema veio em 1959,
em um sucesso vencedor de três prêmios Oscar. O mais recente filme até
agora, também norte-americano, é de 2009.
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