19 de outubro de 2015

Produtor explica série derivada de “X-Men”

(Reprodução)

Na semana passada, a Marvel TV e a Fox TV surpreenderam muita gente ao anunciar duas séries derivadas do universo mutante cinematográfico dos X-Men. “Legion”, sobre o mutante David Haller, o filho esquizofrênico de Charles Xavier; e “Hellfire”, que abordará as raízes do grupo rival conhecido como Clube do Inferno, estão em pleno desenvolvimento. Agora, o produtor Noah Hawley fala um pouco mais sobre “Legião” e como ele será adaptado para a tevê, assim qual seu papel no mundo criado pelo diretor Bryan Singer (“X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido”).
“‘Legion’ está em desenvolvimento há bastante tempo. O que demorou foi o contrato entre a Marvel e a Fox, que tem os direitos para os filmes e, tacitamente, também teria para a tevê. Mas ambas as empresas nunca fizeram isso, então eles tinham que definir os detalhes”, contou Hawley, ao TV Insider.
 É sabido, que, nos bastidores, a Marvel Studios ainda briga para ter os direitos dos personagens relacionados ao Quarteto Fantástico, em poder atualmente da Fox Studios.
Depois de definido o acerto, Hawley disse ter sido procurado por Singer e pela produtora dos filmes dos X-Men, Lauren Shuler Donner. Ambos ofereceram a possibilidade de uma série baseada em algum personagem dos X-Men. Como Hawley não conhece muito do universo mutante, ele primeiro definiu como seria a atração, bancada pelo canal FX.
"Legion" contará a história do filho esquizofrênico do Professor Xavier (Reprodução)
“Legion” contará a história do filho esquizofrênico do Professor Xavier (Reprodução)
“Comecei a pensar sobre aquele mundo e a ideia de um show relacionado a um mutante com problemas de identidade, um outsider. O que acho tão único na franquia ‘X-Men’ é o fato do filme já começar num campo de concentração. Ali você já sabe que é sobre moralidade e maldade vindos de um mundo real”, detalhou.
No caso específico de Legião, Hawley disse que o personagem veio depois da definição do show. “O que realmente gosto nele é que é um personagem com algum nível de esquizofrenia, lutando contra uma doença mental. Ele é maluco ou tem poderes? A resposta é ambos”, adiantou o produtor.
Hawley disse que a produção deve expandir o conceito dos X-Men na tevê mas não deve ter tanta relação com os filmes. Essa conexão deve ser estabelecida pela outra série, “Hellfire”, que, a princípio, não cruzará com a história de “Legião”, até porque a narrativa do Clube do Inferno deve ser ambientada nos anos 60.
"Legion" mostrará como David Haller é um outsider no já difícil universo dos mutantes (Reprodução)
“Legion” mostrará como David Haller é um outsider no já difícil universo dos mutantes (Reprodução)
O produtor disse também que não sabe mais detalhes sobre a parceria da Fox e da Marvel e que a ausência da marca X-Men nas séries foi acertada para ampliar o público, e não restringir somente aos fãs dos mutantes ou dos quadrinhos.
Para finalizar, ele disse que deve manter as raízes dos quadrinhos, com a ajuda de Bryan Singer e do roteirista dos filmes dos X-Men, Simon Kinberg. “Estou ansioso. É raro atualmente, com a minha idade, lidar com um mito moderno. Elevar essa história à escala mitológica, não somente com sequências de ação, mas brincando com os limites”.
“Legião” deve começar a ser rodado em janeiro ou fevereiro e ainda não tem data de estreia. “Hellfire” também não tem muitos detalhes, por enquanto.

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