26 de abril de 2015

A Globo e as Estrelas: Relembre as contratações, as “perdas” e aqueles que nunca pisaram na emissora


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Eliana, que nunca pisou na Globo, ao lado de Angélica, contratada da emissora após fazer sucesso no SBT
Dona das maiores audiências dentre as emissoras brasileiras e detentora de uma estrutura de causar inveja a qualquer rede de TV do mundo, a Globo sempre foi encarada como um sonho de consumo para qualquer profissional ligado ao setor. Mas existe vida além das dependências do Projac e muitos são os artistas que já “descobriram” isso.

Nesta reportagem especial, o  BLOG ENTRE AMIGOS relembra quem a emissora da família Marinho fez questão de contratar; quem eles perderam para a concorrência e quem jamais carregou um crachá do canal nesses 50 anos de história.
OS “NÃO-GLOBAIS”
Diversos artistas são considerados ícones da TV e nem por isso precisaram pisar no território da “Vênus Platinada” como contratados para fazer história. O primeiro deles atende pelo nome de Hebe Camargo.
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Hebe Camargo jamais foi contratada pela Globo
Hebe começou a carreira na TV Tupi com “O Mundo é das Mulheres”, programa que apresentava diariamente na década de 50. Após uma passagem pela TV Continental, foi contratada em 1966 pela Record e fez história apresentando o “Hebe Comanda o Espetáculo”, atração que a consagrou como comunicadora.
A loira esteve ainda na Bandeirantes, mas foi finalmente chamada pelo SBT em 1985. Na TV de Silvio Santos, a Rainha ficou por 25 anos e só saiu em 2010, após problemas na renovação de seu contrato. No mesmo ano, recebeu no “Domingão do Faustão” o troféu Mário Lago e gritou no ar: “Eu estou na Globo”.
Outro que jamais teve seu salário pago pela Globo foi Gugu Liberato. Lançado por Silvio Santos na década de 80, o loiro se consagrou como um dos maiores apresentadores da história da TV. No comando do “Viva Noite”, lançou grupos que marcaram época, como Menudo, Dominó e Polegar.
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Gugu antes de se transferir para a Record
O maior sucesso, porém, veio com o “Domingo Legal”, que por anos protagonizou um embate acirrado com o “Domingão do Faustão”. Alta audiência, prestígio com anunciantes e fidelidade do público foram marcas do programa do homem do pintinho amarelinho.
Em 2009, Liberato deixou o SBT rumo à Record seduzido por uma proposta estimada em R$ 3 milhões mensais. Na nova casa, ficou por quatro anos, metade do previsto inicialmente pelo contrato. Quase dois anos depois, retornou ao canal para apresentar uma atração nas noites de terça, quarta e quinta-feira, no ar atualmente.
Curiosamente, antes de fazer grande sucesso no SBT, Gugu chegou a ser assediado pela Globo e acabou assinando com a emissora. No entanto, após um pedido particular de Silvio Santos a Roberto Marinho, a “transação” foi cancelada e o então “pupilo” retornou ao antigo canal, a peso de ouro.
Uma das apresentadoras mais conhecidas da TV brasileira, Eliana compõe o time dos que fizeram sucesso fora do “Plim Plim”. A loira começou no SBT em 1990, onde comandou com êxito o infantil “Bom Dia & Cia”. Não demorou muito e a carismática “menina” chamou a atenção da Record.
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A loira nos tempos do “Eliana & Cia”
Em 1997, Eliana foi para a concorrente e seguiu focada no público infantil, até entrar na guerra dominical para comandar o “Tudo é Possível”, quando, em 2009, retornou ao SBT.
Além do trio, outros profissionais conseguiram conquistar o público, longe dos domínios do canal carioca. São eles: Ratinho, Adriane Galisteu, Luciana Gimenez, Raul Gil e Celso Portiolli.
GLOBO SAI À PROCURA
Algumas das estrelas que hoje fazem parte da emissora não são “crias” da casa. Fausto Silva e Luciano Huck, ambos oriundos da Band, chamaram a atenção da emissora líder diante do estrondoso sucesso de seus programas.
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Irreverente, Faustão “revolucionou” o jeito de fazer TV no “Perdidos na Noite”
Faustão apresentava o “Perdidos na Noite” e devido ao êxito do formato entre o público jovem, foi contratado em 1989 para comandar as tardes de domingo da emissora, onde até hoje permanece intocado.
Luciano Huck estava à frente do “Programa H” e também se destacou, por conta da desenvoltura e de seu carisma. O marido de Angélica assinou com o canal carioca em 1999 e se mantém até hoje como um dos campeões de faturamento.
Ana Maria Braga, que transformou o “Note e Anote”, da Record, no programa mais lucrativo da emissora, se transferiu para a Globo em 1999, assim como Serginho Groisman, que no ano seguinte deixou o SBT, onde apresentava o “Programa Livre”. Jô Soares foi outro nome a deixar o canal de Silvio Santos rumo à emissora do Jardim Botânico.
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Querida pelo mercado publicitário, Ana Maria Braga impressionava com o faturamento do “Note e Anote”
Quatro anos antes, porém, em 1996, a cinquentenária tirou do SBT aquela que ainda hoje é uma das loiras mais famosas do Brasil: Angélica. A apresentadora comandava o “TV Animal” na antiga emissora e foi substituída por Eliana – por anos as duas nutriram uma rivalidade na TV.
Desde 1981 na Globo, Galvão Bueno também já respirou outros ares. O locutor esportivo, consagrado nacionalmente, já deu expediente na TV Record, Bandeirantes e Gazeta, se tornando titular na atual casa após a saída de Luciano do Valle.
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Galvão Bueno quando ainda era contratado da Band
Na dramaturgia, a emissora passou por uma verdadeira mudança em sua cartilha. Além de ir buscar atores em emissoras concorrentes, a TV fundada por Roberto Marinho ainda passou a colocá-los como protagonistas de suas produções. Foi o que aconteceu com nomes como Marcelo Serrado, Gabriel Braga Nunes, Chay Suede, Arthur Aguiar e Sophia Abrahão.
AS DESPEDIDAS QUE MARCARAM  
Se a Globo foi ao mercado buscar quase todas as suas atuais estrelas, muitos canais também seguiram o “exemplo” e fisgaram os principais artistas da emissora carioca.
Márcio Garcia, que fazia novelas, mas também era apresentador no canal da família Marinho, migrou para a Record em 2004. No canal do Bispo Edir Macedo, Garcia fez grande sucesso com o semanal “O Melhor do Brasil”, comandado por ele até 2008. No mesmo ano, Márcio retornou para a Globo para protagonizar “Caminho das Índias”, novela assinada por Glória Perez.
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Nas tardes de sábado da Record, Márcio Garcia conquistava bons números com “O Melhor do Brasil”
Para substituir Márcio Garcia, a Record novamente desfalcou a rival, contratando Rodrigo Faro, atualmente o campeão de faturamento da casa. A rede de Edir Macedo ainda tirou do canal concorrente Tom Cavalcante, em 2004, aproveitando-se da insatisfação do humorista com o canal carioca. Tom permaneceu na Record por seis anos.
Mais recentemente, neste ano, a Record contratou a peso de ouro um dos maiores nomes da televisão brasileira: Xuxa Meneghel. A loira deve estrear no segundo semestre um programa, de formato semelhante ao da Ellen Degeneres.
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Xuxa saiu da Globo após anos para assinar com a TV Record
Muitos não sabem, mas Sérgio Chapelin deixou a bancada do “Jornal Nacional” em 1983 para apresentar o “Show sem Limite”, do SBT, no entanto, a experiência não deu certo e ele retornou ao canal carioca anos depois.
Passado algum tempo, Silvio atacou novamente o jornalismo da Platinada e tirou uma de suas principais âncoras: Ana Paula Padrão. A morena reformulou o Departamento de Jornalismo do canal e estreou o “SBT Brasil”, no ar até hoje na programação do SBT.
Na década de 90, o mesmo Dono do Baú buscou na concorrente os autores Walther Negrão, Benedito Ruy Barbosa e Gloria Perez. Antes mesmo de estrearem uma produção no SBT, os três voltaram à antiga casa através de uma manobra que rendeu à emissora nada menos que R$ 70 milhões em multas

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