As pálpebras do ator estavam arroxeadas, e com simpatia ele tentava driblar o cansaço físico visível. Caio tinha gravado horas antes as cenas em que José Pedro mata o pai. A sequência começou às 23h de terça-feira e só terminou na quarta, já com o dia amanhecendo.
“É uma sequência de muita ação, violência, sequestro, perseguição, tiroteio... Foi bem difícil gravar. Bem mais difícil do que andar na mulinha. Ela é um amor perto do Alexandre Nero”, brincou Caio, referindo-se ao animal que contracena com ele no filme “Meus dois amores”. Nesta quarta-feira, o próprio Nero postou uma foto com o dia claro, depois das intensas gravações: “Passei a noite na lida, na labuta. Pra viver do que se ama não tem preço, nem atalho”.
Mas o intérprete do comendador não teve moleza. No mesmo dia, à tarde, ele tinha mais 16 cenas para gravar. Os atores até levaram uma garrafa de champanhe para brindar no fim do expediente.
A entrega de Othon Bastos, no alto de seus 81 anos, também tem surpreendido. Na cena em que Silviano, seu personagem, assiste à morte do filho, Maurílio (Carmo Dalla Vecchia), ele se jogou no chão com tanta força que acabou machucando os joelhos. Olha que Othon chegou a ficar internado durante a novela e precisou tomar cinco antibióticos para se recuperar. Tudo pela arte!
Daniel Rocha, que vive João Lucas na novela, também enfrentou uma maratona nessa reta final. Na quarta, ele foi gravar suas últimas cenas em Carrancas, Minas Gerais, a 417km do Rio, e voltaria no mesmo dia para trabalhar mais. Em meio a tanta ralação, o clima também é de despedida. Viviane Araújo é uma que só chora nos bastidores
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