18 de setembro de 2015

Diretor de TV e cinema Carlos Manga morre aos 87 anos


Carlos Manga (1928 - 2015)

O diretor Carlos Manga em sua casa na Barra da Tijuca, no Rio, em 2013 Lucas Landau/Folhapress,
O diretor Carlos Manga morreu nesta quinta-feira (17) aos 87 anos em sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, informou o departamento de comunicação da Globo. A causa da morte não foi divulgada pela família.
Com extensa carreira na TV e no cinema, Manga tem no currículo humorísticos como "Chico City", "Os Trapalhões" e "Zorra Total", além de minisséries, novelas e programas de auditório. Como cineasta, ele dirigiu 32 filmes e é considerado um dos grandes diretores de chanchada do cinema brasileiro, tendo trabalhado com os atores Oscarito e Grande Otelo.
Manga começou a trabalhar na televisão nos anos 1960, a convite de Chico Anysio, na antiga TV Rio. Em seguida ele foi para a TV Excelsior, onde chegou a ser diretor geral. Já na TV Record, de São Paulo, trabalhou com profissionais como Manoel Carlos e Jô Soares. Ele também se apresentou no Prêmio Roquette Pinto, fazendo imitações do cantor norte-americano Al Johnson.
Sua trajetória na Globo começou em 1980. Na emissora, Manga dirigiu a segunda versão do humorístico "Chico City" e também "Os Trapalhões". Na década de 1990, ele tornou-se diretor artístico de minisséries e foi responsável por produções como "Agosto" (1993), "Memorial de Maria Moura" (1994) e "Engraçadinha...Seus Amores e Seus Pecados" (1995).
Como diretor de núcleo, Manga coordenou duas novelas: "Anjo Mau" (1997), adaptação da obra de Cassiano Gabus Mendes feita por Maria Adelaide Amaral, e "Torre de Babel" (1998), de Silvio de Abreu.
Posteriormente, ele voltou a dirigir programas e comandou "Domingão do Faustão" (1989), "Sandy & Júnior" (1999) e "Sítio do Pica-Pau Amarelo" (2001). De volta ao posto de diretor artístico, ele comandou o "Zorra Total" (1999), a minissérie "Um Só Coração" (2004) e a novela "Eterna Magia" (2007).

Reprodução/Globo
Carlos Manga é entrevistado por Jô Soares no "Programa do Jô", em 2003: "Minha paixão sempre foi o cinema. Via dois filmes por dia", lembrou
Carreira no cinema: 32 filmes e aulas com Fellini
Carioca, José Carlos Aranha Manga, abandonou o curso de direito no segundo ano para se dedicar ao cinema. Sua filmografia inclui 32 produções e ele é considerado um dos principais cineastas do período de ouro, anos 50, da Atlântida.
Manga dirigiu clássicos da chanchada como "Nem Sansão Nem Dalila" (1954), "Matar ou Correr" (1954) e "O Homem Sputnik" (1959). Nos anos 70, ele morou na Itália, onde conheceu a Cinecittá e trabalhou com Federico Fellini, seu grande ídolo. De volta ao Brasil, ele escreveu, produziu e dirigiu o longa "O Marginal", estrelado por Darlene Glória e Tarcísio Meira, e que foi inspirado nos ensinamentos aprendidos com Fellini.
Seu último filme foi "Os Trapalhões e o Rei do Futebol" (1986), produção co-estrelada por Pelé.

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