15 de julho de 2015

NOTA 10: Alinne Moraes representa um raio de sol em tempos sombrios na TV

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Alinne Moraes salvou a TV da overdose
O brasileiro viveu nos últimos tempos uma angustiante overdose de Bruna Marquezine/Marina Ruy Barbosa/Isabelle Drummond nos principais papéis de novelas da Globo. Marquezine apareceu como “mulher” em “Salve Jorge”, passou a namorar Neymar, se tornou uma das mais badaladas celebridades do país e logo foi chamada para protagonizar “Em Família” aos 18 anos. Hoje, aos 19, ela estrela a sua segunda trama seguida: “I Love Paraisópolis”.
Talvez muito para quem, apesar de talentosa, nunca demonstrou ser uma profissional “fora do comum”.
Marina viveu um longevo romance com Klebber Toledo, começou a chamar atenção pela beleza e após ser co-protagonista de “Império”, além de ter o papel principal de “Amorteamo”. Agora, a ruiva se prepara para ser a mocinha de “Totalmente Demais”, próximo folhetim das 19h, aos 21 anos. Rápida ascensão para uma atriz tão boa como a maioria das outras artistas.
Por fim, Isabelle, a ex-Emília do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”. Acredite, caro leitor: aos 21 anos, “Sete Vidas” foi a sua terceira novela na Globo como protagonista – antes estrelou “Cheias de Charme” e “Sangue Bom”, além de estar no núcleo principal de “Geração Brasil”. O exagero em questão pode ser resumido em duas perguntas: Por quê? Para quê?
Confundiu-se cruelmente a curiosidade em torno da vida pessoal das três garotas com o desejo do público de vê-las nos papéis principais.
A pouca idade das meninas acorda o telespectador do sonho de embarcar em uma história, quando Marquezine, em “Em Família”, dirigia carro e era totalmente independente, assim como Isabelle em “Sete Vidas” e Marina em “Império”. Confuso, o público foge ainda mais da TV.
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Alinne Moraes protagoniza “Além do Tempo”
Definitivamente, a Globo tem atrizes muito melhores, mais respeitadas e queridas, e que transmitem ao telespectador intensidade muito maior quando estão em cena. Apenas para citar alguns grandes nomes da dramaturgia brasileira que hoje são meramente sombras do trio, há Mariana Ximenes, Carolina Dieckmann, Taís Araújo, Cleo Pires, Débora Falabella, Juliana Paes e Priscila Fantin. Onde estão?
Alinne Moraes e Paolla Oliveira, à frente de “Além do Tempo”, representam um raio de sol em tempos sombrios. A discussão não gira em torno de talento, mas da inversão de valores que o país atravessa. Antes, uma celebridade surgia quando a artista se mostrava diferenciada após o “gravando”. Hoje, é o inverso. E só o inverso.
Antes, a boa atriz virava celebridade. Atualmente, a celebridade quer virar uma boa atriz. Esse é o caminho curto e perigoso para voltar a chamar atenção e prender o telespectador. É o atalho. Não, não merecemos atalhos. Merecemos mais Alinnes Moraes.

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