Site lista os 50 melhores álbuns de 2015

O site especializado em música, FACT Magazine, resolveu entrar no clima das retrospectivas de fim de ano e eleger os melhores álbuns de 2015. Sob o olhar minucioso dos jornalistas e críticos musicais do site, eles selecionaram, analisaram e listaram 50 produções lançadas ao longo do ano. Se você está esperando por grandes hits do pop, como o álbum “1989” da Taylor Swift, “25” da Adele ou “Purpose” do Justin Bieber; saiba que nenhum deles conseguiu conquistar um almejado lugar nesse ranking.

Apesar de ter emplacado o primeiro lugar por seis semanas consecutivas no Billboard Hot 100, “Hello” e as outras faixas do álbum “25” não conseguiram agradar os autores da FACT Magazine.

Entre os melhores álbuns, estão alguns artistas independentes e pouco conhecidos, como o músico experimental Panda Bear e a DJ Nidia Minaj. A lista ainda inclui outros músicos “alternativos” e algumas poucas exceções mais populares; entre elas uma um tanto quanto inusitada: Fifth Harmony. O grupo formado no “The X Factor USA” conseguiu desbancar grandes nomes do pop e garantir um lugarzinho no 34º do ranking da FACT com “Reflection”, o primeiro álbum gravado em estúdio pela girlband. Desde o lançamento em janeiro, a produção apresentou três singles e entrou em outras quatro listas como um dos melhores álbuns do ano. Segundo o autor do ranking, o Fifth Harmony resgata algumas qualidades do Destiny’s Child, do grupo En Vogue e, é claro, das Spice Girls.

 No top três, o site elegeu nada mais, nada menos, que o artista preferido do presidente Barack Obama: o rapper Kendrick Lamar. Com o lançamento do terceiro álbum “To Pimp a Butterfly”, 2015 tornou-se um ano e tanto para a carreira do músico americano. A produção conquistou o primeiro lugar em oito rankings, incluindo o feito pelo New York Times, pela Vice, Rolling Stone e Entertainment Weekly. Além disso, foi nomeado ao Emmy nas categorias Melhor Álbum do Ano e Melhor Álbum de Rap. “É difícil julgar ‘To Pimp A Butterfly’ em relação a outros álbuns de rap, porque ele não é um deles. É um conceito jazz-soul-funk. É denso, experimental e político, cheio de tangentes e contradições. Em geral, tão sutil quanto um coquetel molotov”, afirmou a FACT Magazine.
 Em segundo lugar, entrou o álbum “Garden of Delete”, a sétima produção em estúdio do Oneohtrix Point Never, codinome do produtor e compositor Daniel Lopatin. A gravação conta com 12 faixas e quatro singles –“I Bite Through It”, “Mutant Standard”, “Sticky Drama” e “Ezra”. Foi eleito entre os melhores álbuns do ano por outros quatro sites e, de acordo com a FACT Magazine, é um dos mais ambiciosos da carreira do músico. “Uma coleção vívida de riffs poderosos de metal, sintetizadores cobertos de lodo e vocais corrompidos.”
 Por fim, ocupou o primeiro lugar a cantora americana Dawn Richard com “Balckheart”, seu terceiro álbum em estúdio. A produção foi lançada em janeiro desse ano e liderou o ranking do US Top Independent Albums. “Apesar de ‘Blackheart’ estar no topo da lista porque é o melhor álbum do ano, vale a pena observar o trabalho Richard tem feito para criar um mundo visual em torno dele. Ela lançou alguns dos vídeos mais extraordinários do ano e vestiu algumas das roupas mais extraordinárias para acompanhar o álbum. E fez isso sem nenhuma indústria escondida por trás. ‘Blackheart’ é um trabalho da Richard, do pequeno time da Our Dawn Entertainment e uma produção extraordinária da Noisecastle III. É uma baita de uma história.”