- Dique se rompeu e cerca de 4.000 moradores de Campos de Goytacazes (RJ) têm que se retirados
As águas do rio Muriaé que vazaram após o rompimento de um dique na cidade de Campos de Goytacazes, no norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (5), já atingiram localidade de Três Vendas. Cerca de 4.000 moradores da área, que deve ser totalmente alagada, estão sendo retirados e o local está isolado.
A previsão da Defesa Civil é que o local alagado vire uma piscina por três ou quatro meses. Durante esse tempo a população deverá ficar em abrigos. "Depois que o rio baixar, a água em Três Vendas terá que ser bombeada: ela é mais baixa que o nível do rio, fica dentro de uma depressão, não podemos fazer esse serviço antes do final de fevereiro, temos que esperar a chuvas de verão parar. A previsão é de muita chuva até fevereiro, só depois conseguiremos bombear essa água", explicou Oliveira."A água do rio está começando a invadir as casas, a água está na canela, algumas pessoas ficaram em suas casas com medo de serem roubadas. A grande maioria saiu, vamos abrigar quantas forem necessárias, não tem falta de vaga, famílias estão em barracas, em creches e escolas próximas, mas em locais seguro", disse o secretário de Defesa Civil municipal, Henrique Oliveira.
Os moradores estão sendo levados para acampamentos e abrigos. Cerca de 250 barracas, com capacidade para seis pessoas cada uma, foram montadas pela Defesa Civil do Estado em uma parte alta da região. As famílias também são levadas à escola municipal Albertina Venâncio e ao CIEP (Centro Integrado de Educação Pública) Travessão, que ficam em pontos mais altos em localidades próximas.
Por volta das 18h, cerca de 300 famílias tinham sido retiradas de suas casas, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura.
Segundo o secretário de Obras da cidade, Edilson Peixoto, os cerca de 4.000 moradores da localidade devem ser transferidos para abrigos até o início da noite de hoje. Ele disse ainda que a prefeitura trabalha para fazer na estrada vicinal transversal à BR-356 um dique de contenção, com pedras e terra, para desviar o fluxo do rio Muriaé.
Veja imagens do dique rompido
Segundo a prefeitura, 20 caminhões estão sendo utilizados para a mudança das pessoas. Cerca de 200 homens do Exército, Defesa Civil Municipal e Estadual e do Corpo de Bombeiros estão envolvidos na operação. A Secretaria de Serviços Públicos também está atuando junto com a Defesa Civil municipal e disponibilizou cerca de 180 homens. A Secretaria da Família e Assistência Social também está em ação, atuando no cadastramento dos desalojados.
Alguns moradores estão levando seus pertences para as lajes de suas casas e permanecendo nas residências, mas Oliveira orienta que as pessoas deixem suas moradias e se direcionem para locais mais altos.
“Estamos fazendo a orientação para a população deixar as suas casas, tem gente achando que água não vai chegar, mais isso não é verdade. E existe risco de vida. Pela vazão do rio Muriaé até o dia de hoje, a previsão é que as casas sejam inundadas”, disse.
Duas aeronaves do Corpo de Bombeiros trabalham na área. O município pode decretar situação de emergência a qualquer momento por causa das chuvas.
A prefeita Rosinha Garotinho (PR) sobrevoou o local e afirmou que foi cogitada a possibilidade de instalar pedras para fazer a contenção da água, mas foi constatado que a ação seria inviável. "Tecnicamente, isso não é possível de ser feito diretamente na BR-356. Ficou constatado que a estrada não vai suportar o peso de um caminhão carregado de pedras. A solução é mesmo retirar as pessoas de lá", disse. “As pessoas estão indo para abrigos. Vamos montar uma estrutura no Alto do Morro, localidade vizinha, para atender aos moradores de Três Vendas”, completou a prefeita
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