Os ajustes de “A Lei do Amor”
não são obras, únicas e exclusivas, de seus autores, Maria Adelaide
Amaral e Vincent Villari. Além da supervisão de Silvio de Abreu, diretor
do departamento de teledramaturgia diária da Globo, a novela tem
contado com a consultoria de Ricardo Linhares há aproximadamente um mês.
Segundo Patrícia Kogut, a escalação de
Linhares para o time responsável pelos roteiros da trama partiu da
direção da casa – provavelmente, Silvio. O autor está afastado da TV
desde “Babilônia”, malsucedida parceria com Gilberto Braga e João
Ximenes Braga.
Neste tempo fora do vídeo, Ricardo
elaborou a sinopse de uma série inspirada em “Se Eu Fechar os Olhos
Agora”, livro do jornalista Edney Silvestre, e supervisionou Maria
Helena Nascimento em sua estreia como autora titular em “Rock Story”,
cartaz das sete.
O autor também supervisionou “Cheias de
Charme”, atualmente em reprise no “Vale a Pena Ver de Novo”. A diferença
desta tarefa para a de agora está na tarimba dos autores auxiliados por
Linhares: tanto Adelaide quanto Vincent são bastante experimentados em
matéria de novela.
Esta não é, contudo, a primeira vez que
profissionais já escolados dos roteiros necessitam de auxílio na
condução de uma novela. Nos anos 70, Janete Clair ajudou Gilberto Braga a
implantar “Dancin’ Days”, desenvolvida a partir de um argumento seu. Na
década de 80, Walther Negrão alinhou inúmeras novelas, prejudicadas
pela má condução ou inexperiência de seus titulares, como “As Três
Marias”, de Wilson Rocha. Já em 1991, Silvio de Abreu foi acionado pela
Globo para ajudar Gilberto Braga a colocar “O Dono do Mundo” nos trilhos
de audiência.
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