27 de dezembro de 2012

RETROSPECTIVA 2012 - A TV ESSE ANO ROLOU DE TUDO 1 POUCO!

Avenida Brasil: A novela de João Emanuel Carneiro foi o assunto do ano. Em torno de um tema batido, o da vingança, o melodrama seduziu com um retrato colorido de um subúrbio carioca (o Divino), uma vilã de gestos extremos (Carminha), ritmo de seriado policial, direção moderna e elenco muito à vontade, tanto entre veteranos (Marcos Caruso, José de Abreu, Murilo Benício) quanto entre rostos menos conhecidos (Cacau Protasio, Claudia Missura). Curiosamente, apesar da notável repercussão, “Avenida Brasil” não superou a audiência da novela anterior, “Fina Estampa”, de Aguinaldo Silva


Humor na MTV: Em diferentes momentos do ano, os programas “Comédia Ao Vivo”, “Furo” e “Trolalá” fizeram humor de qualidade, sem se dobrar ao apelo da grosseria e da ofensa. O melhor de todos foi “Indiretas Já”, versão atualizada de “Roda Viva”, de Chico Buarque, escrita por Marcelo Adnet, que traça um retrato crítico da televisão brasileira atual. Igualmente genial foi a piada com a situação da própria MTV, feita por Tatá Werneck.

Jogos Olímpicos: Um ano depois dos problemas enfrentados em Guadalajara (Jogos Pan-Americanos), a Record saiu-se muito bem na transmissão do evento esportivo mais importante que já exibiu com um bom time de narradores, uma equipe forte de reportagem e alguns comentaristas de qualidade. Gafes e erros acontecem e fazem a alegria do espectador, mas não comprometeram o resultado geral. Pena que a emissora não tenha dado continuidade ao projeto esportivo.
Jornal do Boris: Apesar da grande expectativa, o “Pânico” pouco mudou ao trocar a RedeTV! pela Band, mantendo as mesmas qualidades e defeitos que fizeram a sua fama. Uma novidade, porém, marcou o ano: a imitação do jornalista Boris Casoy feita pelo humorista Marvio Lucio, o Carioca. O programa, no entanto, chegou ao fim do ano dando claros sinais de que precisa se renovar.

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Carrossel: O maior sucesso de audiência fora da Globo em 2012 foi uma nova versão desta novela mexicana muito simples, exibida no Brasil em 1991. Adaptada por Iris Abravanel, mulher de Silvio Santos, o melodrama infantil não apresenta nada de novo, mas mostra o talento do SBT em encontrar nichos no mercado e entender o que o seu público deseja ver na televisão. Não é pouca coisa.
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Na Moral: Pedro Bial ganhou, enfim, a sonhada atração destinada a mostrar que seus talentos vão além da apresentação do “BBB”. Espécie de programa de auditório em fim de noite, “Na Moral” começou confuso, com problemas de edição, mas acabou encontrando um caminho e teve momentos marcantes, como um debate sobre invasão de privacidade e a encenação de um casamento entre duas mulheres.


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