Mais do que contratar nomes de relevância midiática fixando metas imediatistas, a RedeTV! aparenta ter definida uma estratégia para reposicionar sua imagem, sempre mais associada com conteúdo de qualidade duvidosa.
Não é um processo iniciado agora em 2015. Há algum tempo, o “Sob Medida” e o “Mega Senha”, por exemplo, se mostram atrações atraentes aos anunciantes mais refinados, com bons faturamentos sem a necessidade de apelar para intermináveis sequências de merchandisings.
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Até mesmo Luciana Gimenez aproveitou as suas experiências nos Estados Unidos para em pelo menos um dia da semana ficar mais cult no “Luciana By Night”, que talvez tenha se tornado o único programa de entrevistas com humor realmente engraçado após o fim do “Agora é Tarde”.
Além dessa atração de Luciana, os outros dois programas citados também são comandados por figuras históricas da casa: o marido dela, Marcelo de Carvalho, e Daniela Albuquerque, esposa do presidente da emissora, Amilcare Dallevo.
A novidade recente é que as contratações do canal não se resumem mais
aos ex-BBBs ou atores sem sucesso no “Zorra”. Em um curto intervalo de
tempo, chegaram Mariana Godoy, Celso Zucatelli, Edu Guedes, Mariana Leão
e Luciano Faccioli.
Faccioli, ao contrário do que se podia pensar, não foi aproveitado no jornalismo policial, mas sim no esportivo. Comandante da “Super Faixa” dos sábados que vai reunir os jogos da Superliga de vôlei e da série B do Campeonato Brasileiro, ele tende a fazer um apanhado das transmissões e intercalar com conteúdos interessantes, como entrevistas com ex-atletas. Quase um “Esporte Espetacular” vespertino com mais ao vivo e menos grife. Sem a concorrência similar da Band estabelecida no horário, tem boas chances de dar certo.
É um espaço grande para o esporte em um canal que está fora do circuito de grades eventos. Significativo quando comparado com a Record, detentora dos direitos do Pan e da Olimpíada, e que tem apenas 1 hora e 45 minutos semanais exclusivos para falar do tema.
Nesse aspecto esportivo, apesar dos avanços, a RedeTV! ainda pode melhorar em três pontos. O mais urgente deles é pensar como cabeça de rede. O canal não tem controle algum sobre as praças, que cortam transmissões sem nenhum critério.
Além da TV Pampa, do RS, que já é até famosa por exibir o que e quando quer, a Sim TV, afiliada no RN, cortou a transmissão das finais da Superliga para exibir os cultos da igreja que tem a sua propriedade. E não se deu ao trabalho de pelo menos remover as chamadas da programação para o evento.
Esse pensamento apenas no que os paulistas veem se reflete também no conteúdo dos telejornais. Muitas vezes, treinos dos clubes de SP são mais destacados que momentos importantes dos times cariocas, que tem maior penetração nacional, e dos mineiros e gaúchos, que dominam o cenário nacional há pelo menos dois anos.
E claro que vôlei e futebol são apostas certeiras, mas convenhamos que a RedeTV! não tem muito a perder se fizer outras transmissões em caráter experimental. Eventos como esportes de inverno ou radicais não vão lhe render altos picos, mas podem se mostrar mais que meros testes, como a Record viu quando exibiu os Jogos de Vancouver em 2010.
Já no campo das entrevistas, o investimento parecia ousado, mas Mariana Godoy já correspondeu todas as expectativas nas duas edições do seu programa. Radicalmente diferente dos tempos de bancada, ela parece experiente em lidar com o formato. E faz suas conversas com nomes de peso renderem. Uma grata surpresa.
O dinamismo fica por conta da inserção de reportagens externas e
interação em tempo real se aproveitando do ao vivo. Resta apenas um
pouco mais de tempo para que o ritmo se desacelere. Mais uns 15 ou 30
minutos já permitiram que a condução fosse menos apressada.
E não há grandes problemas em o esticar ou atrasar, já que como boa detentora de um plano, a RedeTV! consegue montar uma grade que “conversa” entre si. As sextas “da Godoy” são o melhor exemplo. Antes dela, o “RedeTV! News” e o programa de grandes reportagens “Good News”. Depois, o “Leitura Dinâmica”. Quatro atrações de perfil similar e conteúdo diferente que formam um bom time para representar essa virada de momento do canal
Não é um processo iniciado agora em 2015. Há algum tempo, o “Sob Medida” e o “Mega Senha”, por exemplo, se mostram atrações atraentes aos anunciantes mais refinados, com bons faturamentos sem a necessidade de apelar para intermináveis sequências de merchandisings.
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Até mesmo Luciana Gimenez aproveitou as suas experiências nos Estados Unidos para em pelo menos um dia da semana ficar mais cult no “Luciana By Night”, que talvez tenha se tornado o único programa de entrevistas com humor realmente engraçado após o fim do “Agora é Tarde”.
Além dessa atração de Luciana, os outros dois programas citados também são comandados por figuras históricas da casa: o marido dela, Marcelo de Carvalho, e Daniela Albuquerque, esposa do presidente da emissora, Amilcare Dallevo.
Faccioli, ao contrário do que se podia pensar, não foi aproveitado no jornalismo policial, mas sim no esportivo. Comandante da “Super Faixa” dos sábados que vai reunir os jogos da Superliga de vôlei e da série B do Campeonato Brasileiro, ele tende a fazer um apanhado das transmissões e intercalar com conteúdos interessantes, como entrevistas com ex-atletas. Quase um “Esporte Espetacular” vespertino com mais ao vivo e menos grife. Sem a concorrência similar da Band estabelecida no horário, tem boas chances de dar certo.
É um espaço grande para o esporte em um canal que está fora do circuito de grades eventos. Significativo quando comparado com a Record, detentora dos direitos do Pan e da Olimpíada, e que tem apenas 1 hora e 45 minutos semanais exclusivos para falar do tema.
Nesse aspecto esportivo, apesar dos avanços, a RedeTV! ainda pode melhorar em três pontos. O mais urgente deles é pensar como cabeça de rede. O canal não tem controle algum sobre as praças, que cortam transmissões sem nenhum critério.
Além da TV Pampa, do RS, que já é até famosa por exibir o que e quando quer, a Sim TV, afiliada no RN, cortou a transmissão das finais da Superliga para exibir os cultos da igreja que tem a sua propriedade. E não se deu ao trabalho de pelo menos remover as chamadas da programação para o evento.
Esse pensamento apenas no que os paulistas veem se reflete também no conteúdo dos telejornais. Muitas vezes, treinos dos clubes de SP são mais destacados que momentos importantes dos times cariocas, que tem maior penetração nacional, e dos mineiros e gaúchos, que dominam o cenário nacional há pelo menos dois anos.
E claro que vôlei e futebol são apostas certeiras, mas convenhamos que a RedeTV! não tem muito a perder se fizer outras transmissões em caráter experimental. Eventos como esportes de inverno ou radicais não vão lhe render altos picos, mas podem se mostrar mais que meros testes, como a Record viu quando exibiu os Jogos de Vancouver em 2010.
Já no campo das entrevistas, o investimento parecia ousado, mas Mariana Godoy já correspondeu todas as expectativas nas duas edições do seu programa. Radicalmente diferente dos tempos de bancada, ela parece experiente em lidar com o formato. E faz suas conversas com nomes de peso renderem. Uma grata surpresa.
E não há grandes problemas em o esticar ou atrasar, já que como boa detentora de um plano, a RedeTV! consegue montar uma grade que “conversa” entre si. As sextas “da Godoy” são o melhor exemplo. Antes dela, o “RedeTV! News” e o programa de grandes reportagens “Good News”. Depois, o “Leitura Dinâmica”. Quatro atrações de perfil similar e conteúdo diferente que formam um bom time para representar essa virada de momento do canal
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