Depois de sete anos falando apenas com veículos de comunicação do Grupo Record, que por sinal é dono, Edir Macedo concedeu uma entrevista longa a revista ‘Isto é’, que estampou o líder da Igreja Universal na capa de sua edição desta semana.
Na entrevista Edir disparou seu maior foco contra a Rede Globo e a Igreja Católica. Mas como o BLOG ENTRE AMIGOS, selecionou alguns trechos em que Edir Macedo fala sobre a Record, e claro, da Globo, sua maior rival.Edir conta que conversou com a presidente Dilma sobre a necessidade do não monopólio da mídia brasileira, que não recebe nenhum centavo de lucro da Record, que praticamente não interfere nas decisões de sua emissora e que a Record vai chegar a liderança, demore o tempo que for.
Abaixo você confere trechos da entrevista realizada pela revista ISTO É, que vai estar nas bancas no domingo com a entrevista completa.
ISTOÉ – No livro, o sr. sugere que as perseguições contra a Universal aumentaram depois da compra da Record.
Macedo - Como disse, o avanço da Record incomoda muita gente. Crescimento ainda maior da Record significa o fim do monopólio, dos mandos e desmandos de certos barões da mídia, de grupos religiosos conservadores contrários à prática da fé que ensina as pessoas a pensar livremente. São esses setores da sociedade que sempre nos atacaram. Muita gente me odeia sem ao menos me conhecer. Pessoas que nem sequer pararam para pensar mais a fundo sobre os princípios que defendemos. Eu só quero que elas pensem e não formem suas opiniões pelo que leem nos jornais ou veem na televisão. Eu sei que a tendência da maioria é ter uma opinião negativa sobre nós porque as pessoas sempre foram alimentadas pelas informações da mídia. Eu não as culpo. Desejo apenas que pensem. Só isso. Pensem.
…nunca recebi nenhuma remuneração da Record, nem como pró-labore ou como ganho de lucros, conforme demonstrado nos balanços da emissora, registrados na Junta Comercial. Todo o lucro é reinvestido na própria Record. Ela está aí para crescer e conquistar um espaço ainda maior.
ISTOÉ – O sr. interfere no dia a dia da Record? Tem conhecimento prévio do que vai ao ar?
Macedo - Existe um comitê de gestão formado pela presidência, vice-presidências e algumas diretorias estratégicas que tomam as decisões no dia a dia da Record. Eles se reportam a mim, de tempos em tempos. São profissionais competentes que têm feito um ótimo trabalho e em quem depositamos nossa confiança. Muitas vezes sou surpreendido por uma estreia ou outra no ar. É claro que também dou minhas opiniões e sugestões, mas são muito raras. Algumas são reprovadas (risos) e outras aprovadas, como a produção de minisséries bíblicas, a exemplo de “Rei Davi”. Foi uma inovação importante para a televisão brasileira. O trabalho foi belíssimo, alcançou um excelente resultado de audiência e atingiu diferentes tipos de público. A determinação geral é seguirmos firmes na construção de uma emissora de tevê com programação diversificada e de qualidade, voltada para todos os brasileiros.
ISTOÉ – O bispo Edir Macedo consegue se distanciar do empresário das comunicações Edir Macedo?Macedo - Existe um comitê de gestão formado pela presidência, vice-presidências e algumas diretorias estratégicas que tomam as decisões no dia a dia da Record. Eles se reportam a mim, de tempos em tempos. São profissionais competentes que têm feito um ótimo trabalho e em quem depositamos nossa confiança. Muitas vezes sou surpreendido por uma estreia ou outra no ar. É claro que também dou minhas opiniões e sugestões, mas são muito raras. Algumas são reprovadas (risos) e outras aprovadas, como a produção de minisséries bíblicas, a exemplo de “Rei Davi”. Foi uma inovação importante para a televisão brasileira. O trabalho foi belíssimo, alcançou um excelente resultado de audiência e atingiu diferentes tipos de público. A determinação geral é seguirmos firmes na construção de uma emissora de tevê com programação diversificada e de qualidade, voltada para todos os brasileiros.
Macedo - Deixo os negócios sob responsabilidade dos profissionais contratados para tocarem o dia a dia da Record, por isso não me considero um empresário. Não tenho riqueza maior na vida do que a minha fé. O nome do meu livro não é uma mera expressão literária. Não tenho nada a perder. E isso é um recado claro e direto a quem interessar.
ISTOÉ – Como o sr. se relaciona com a presidenta Dilma Rousseff? E com os ex-presidentes Sarney, Collor, Fernando Henrique e Lula?
Macedo - Ao longo dos últimos anos tivemos alguns encontros com a presidenta Dilma, por quem tenho profundo respeito. O último encontro aconteceu em Londres, durante os Jogos Olímpicos. Procuramos mostrar a ela e aos demais ministros que a democracia nos meios de comunicação, principalmente na televisão, é o melhor caminho para o Brasil. Alertei a presidenta Dilma que o monopólio nas comunicações é um caminho perigoso para o País. Também tivemos algum relacionamento com os demais presidentes brasileiros e diversas autoridades de outros países. Mais isso vou detalhar no volume dois do meu livro de memórias.
ISTOÉ – Logo no início do livro o sr. diz que, no momento de sua prisão, políticos de prestígio, empresários, juízes e desembargadores tomavam decisões sob a influência do alto comando católico. Quais eram os políticos e juízes que agiam sob influência da cúpula católica?
Macedo - A Igreja Universal foi e continua sendo atacada. Isso não acabou. Somos sempre alvo de certos setores da sociedade incomodados com a perda de espaço e privilégios, como a Globo e o Vaticano. Há um claro preconceito por trás disso. Uma postura agressiva velada. Ou alguém duvida que a Globo só me ataca e ataca a Igreja Universal por causa da Record? Para eles, a Record é uma ameaça. Naquele tempo da minha prisão, por exemplo, houve um escândalo sem precedentes na televisão de que pouca gente lembra. A Globo teve a petulância de colocar, em uma cena de novela, uma atriz, prestes a ter relações sexuais, jogando o sutiã em cima da “Bíblia Sagrada”. Você tem ideia do que isso significa? Uma afronta ao símbolo maior da fé cristã. A “Bíblia” não é um livro sagrado apenas da Igreja Universal, mas de todos os cristãos. E o que aconteceu? Nada! Muita gente aplaudiu, achou bonito. Em outro país, essa emissora de tevê não passaria sem punição. E agora, vários anos depois, essa mesma emissora quer patrocinar eventos de música gospel? Dá para acreditar nas intenções dessa empresa? Estranho, não é?
ISTOÉ – Quais os seus planos para o futuro da emissora, já que o mercado das comunicações passa por grande transição?
Macedo - A Record tem um projeto de televisão em andamento. Não vivemos de um acerto pontual ou outro na programação. Construímos um departamento de jornalismo sólido e com credibilidade, uma fábrica de novelas própria com milhares de funcionários e um projeto comercial que conquistou a confiança dos anunciantes. O ano de 2013 será de grandes investimentos em nossa emissora. Nossa meta é a liderança, não importa o tempo que isso demore para acontecer. Nosso foco está bem definido. Vamos chegar lá. Vamos arrebentar
Macedo - A Record tem um projeto de televisão em andamento. Não vivemos de um acerto pontual ou outro na programação. Construímos um departamento de jornalismo sólido e com credibilidade, uma fábrica de novelas própria com milhares de funcionários e um projeto comercial que conquistou a confiança dos anunciantes. O ano de 2013 será de grandes investimentos em nossa emissora. Nossa meta é a liderança, não importa o tempo que isso demore para acontecer. Nosso foco está bem definido. Vamos chegar lá. Vamos arrebentar
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