Maior campeã do Carnaval carioca, a Portela conquistou nesta quarta-feira (1) seu 22º título, acabando com um jejum de 33 anos. Com o enredo “Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar”, sobre a importância dos rios para a formação da humanidade, a escola apresentou um show de inventividade e pediu justiça às vítimas de Mariana na avenida.
Em uma apuração emocionante, disputada décimo a décimo, Portela e Mocidade estavam empatadas até o último quesito. Quando chegou a leitura de enredo, Mocidade teve duas notas 9.9 e ficou com o segundo lugar.
A comissão de frente da Portela representou
a piracema, fenômeno em que os peixes nadam contra a correnteza para a
reprodução. O carro abre-alas traz a tradicional águia em um tripé à sua
frente e representa a fonte onde nasce o rio azul e branco. A ocupação
dos rios pelas antigas civilizações, os seres que habitam as águas, a
influência para as artes foram tratados em alas e alegorias da escola.
Em um dos momentos mais marcantes do desfile, um carro alegórico lembrou a tragédia do Rio Doce, em Mariana (MG).
Como esperado, Unidos da Tijuca e Paraíso do Tuiuti tiveram as piores notas de alegorias e adereços.
As duas, que tiveram acidentes com feridos, tiveram 29,4 e 29,5 pontos
na soma dos quatro jurados, não obtendo nenhuma nota dez.
No
quesito evolução, o sexto a ter suas notas lidas, as duas agremiações
também tiveram as piores marcas, o que as isolou na lanterninha da
tabela. Em evolução, a Tijuca somou 29,4 pontos, enquanto a Tuiuti
anotou 29,2, os piores resultados entre todas as competidoras.
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